O professor promovendo a autonomia de estudantes na universidade – 5a Edição


Detalhes do Evento


Oficina com seis encontros on-line, com duração de 90 minutos cada

Público-alvo: Professores e Pós Graduandos da Unicamp

Local: On-Line (link será enviado aos inscritos confirmados)

Datas: 14/9, 21/9, 28/9, 5/10, 19/10, 26/10/2021

Horário:  das 14h às 15h30

Responsáveis: Profa. Dra. Soely A. J. Polydoro (FE/Unicamp) & Profa. Dra. Camila A. Fior  (FE/Unicamp)

Pré-Inscrição (vagas limitadas): https://forms.gle/uKeXPm5Q7gy1PqXKA


Descrição:

A oficina “O professor promovendo a autonomia de estudantes para o aprender na universidade” foi desenvolvida a partir das atividades de pesquisa e de intervenção realizadas pelo Grupo de Pesquisa Psicologia e Educação Superior da Faculdade de Educação, e é dirigida aos professores da Unicamp como parte de um processo mais amplo de desenvolvimento docente proposto pelo EA² e objetiva:

1-  Promover a reflexão sobre o processo de aprender dos estudantes na universidade e o papel do docente na construção do processo autorregulatório dos estudantes;

2-  Instrumentalizar os professores em uma prática de promoção de competências de aprendizagem por meio dos processos de autorregulação, corregulação e regulação compartilhada.

Conteúdos:

  • O estudante universitário e o ensino remoto emergencial.
  • Autorregulação, corregulação e regulação compartilhada.
  • Ação docente e autorregulação da aprendizagem no ensino superior.
  • Avaliação e regulação da aprendizagem – estabelecimento de objetivos, papel do feedback e das tarefas extraclasse.

Metodologia:

A oficina será desenvolvida no formato de seis encontros on-line semanais, com duração de 90 minutos cada, e organizada com base no projeto “Cartas do Gervásio ao seu umbigo: comprometer-se com o estudar na educação superior” (ROSÁRIO et al. 2012). Serão utilizadas dinâmicas de grupo e atividades práticas como recursos da oficina, incluindo discussão sobre filmes, textos e quadrinhos.

Contexto:

A formação na educação superior tem sido entendida como um processo multifacetado que envolve condições pessoais, características institucionais e a interação entre estudante, instituição e condições externas. Além disso, é sabido que os estudantes respondem diferentemente às características e oportunidades presentes em sua formação.

É amplo o impacto desta vivência no estudante, caracterizando-se por uma rede integrada de mudanças que não se restringem aos aspectos de natureza cognitiva, envolvem um amplo espectro que incluem impactos, que podem ser positivos ou negativos, de natureza psicossocial, de atitudes e valores, assim como a própria carreira e a qualidade de vida (MAYHEW et al, 2016). Dentre as várias experiências no ensino superior, o domínio acadêmico refere-se às exigências de estudo, responsabilidades, ritmos e estratégias de aprendizagem, bem como diferentes formas de avaliação (ALMEIDA, 2019; PELISSONI et al.2020).

Além disso, o processo de ensino-aprendizagem, independentemente do nível de ensino, é um fenômeno complexo, no qual interagem diversos agentes e também uma multiplicidade de fatores associados às pessoas e ao contexto. Considera-se que, se por um lado, há a importância do papel da instituição, incluindo o de seus professores, por outro, é essencial a qualidade do esforço (ASTIN, 1996) e do engajamento do  estudante (KAHU; NELSON, 2018) em relação aos recursos e oportunidades oferecidas.

Diante destas considerações, promover o desenvolvimento de autonomia e a independência do aluno no processo de aprendizagem está diretamente relacionado à função central da educação superior, como agência comprometida com o oferecimento de oportunidades para a formação integral dos alunos (POLYDORO et al, 2015; ROSÁRIO; NÚNEZ; PIENDA, 2017; SCHUNK; GREENE, 2018).

E as nossas práticas? Caminham nessa direção? Muitas vezes assume-se que a regulação da aprendizagem já tenha sido objeto de capacitação anterior, mas, mesmo que tivesse ocorrido de modo satisfatório, ainda é preciso contextualizá-la diante das novas exigências trazidas pelas especificidades da educação superior, com destaque para as especificidades do ensino remoto emergencial (BOOR; CORNELISSE, 2021; FIOR; MARTINS, 2020).

Nesse sentido, ao procurar contribuir para que esse processo não ocorra exclusivamente a cargo do estudante, focaliza-se no papel do professor em sua promoção.

Profa. Dra. Soely A. J. Polydoro (FE/Unicamp)

Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1989), mestrado em Psicologia Escolar pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1995) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Atualmente é professora da Universidade Estadual de Campinas, departamento de Psicologia Educacional, e líder do Grupo de Pesquisa Psicologia e Educação Superior – Faculdade de Educação, Unicamp. Coordenadora Geral do Espaço de Apoio ao Ensino e a Aprendizagem [ea]/PRG da Universidade Estadual de Campinas. Linha de investigação orientada para a formação do estudante do ensino superior, especialmente quanto aos processos de integração acadêmica, autoeficácia, autorregulação da aprendizagem e dimensões educativas associadas.

Profa. Dra. Camila A. Fior  (FE/Unicamp)

Docente do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da UNICAMP. Membro do grupo de pesquisa: Psicologia e Educação Superior. Possui graduação em Psicologia pela UNESP/Bauru, mestrado em Educação pela UNICAMP na área de Ensino, Avaliação e Formação de Professores e doutorado em Educação pela UNICAMP, com estágio de Doutoramento na Universidade do Minho, na área de Psicologia Educacional. Tem experiência na área de Psicologia e Educação, sob o referencial teórico da perspectiva comportamental-cognitiva. Atua principalmente nos seguintes temas: ensino superior, estudante universitário, evasão, busca de ajuda, motivação e engajamento acadêmico.

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