Aprendizagem Ativa: Experiências no Ensino de Geociências e Engenharia


Detalhes do Evento


 

O Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais – GGTE e o Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem – EA², ambos órgãos da Pró Reitoria de Graduação, tem o prazer de convidá-lo para participar do evento:

“Experiências práticas em Aprendizagem Ativa na Unicamp”

Objetivo
O objetivo é apresentar a experiência prática da metodologia de aprendizagem ativa dos professores convidados.

Palestrantes

Profa. Dra. Maria José Mesquita (IG/Unicamp).

Profa. Dra. Carolina Siqueira Franco Picone (FT/Unicamp).

Programação

Palestra 1: “A aprendizagem baseada em projetos (ABP) no ensino de geociências” – Profa. Dra. Maria José Mesquita

Resumo: Os cursos de graduação em Geologia no Brasil têm um currículo extenso em média 3600 horas distribuídas em cinco anos. Além disso, a estrutura do curso é segmentada, baseada em aulas expositivas, não gerando oportunidades para que os estudantes conectem os diversos conhecimentos adquiridos. O estudo de caso que apresento trata da aplicação de Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) na disciplina de Prospecção Mineral, obrigatória do 9º semestre da graduação do Curso de Geologia da UNICAMP de 5 anos. A disciplina tem 4 horas semanais em sala de aula, duas horas de estudos e um trabalho de campo de 5 dias. A ideia de desenvolver a ABP na disciplina de prospecção foi gradualmente pensada e tem sido desenvolvida nos últimos três anos. Em 2012, foi introduzida no curso uma saída de campo de uma semana no Vale do Ribeira (SP/PR), pois o local reúne uma importante província mineral brasileira, em contraste com parques de visitação de cavernas, como a caverna do Diabo e o PETAR. A partir do trabalho de campo foi esboçado o projeto. Eu propus aos alunos que, em grupos de 3, apresentassem o potencial histórico e econômico do Vale do Ribeira, e escolhessem uma substância (commodity), dentro de uma proposta de exploração sustentável. Para iniciar o projeto, os estudantes utilizam a plataforma SIGMINE do Departamento Nacional de Produção Mineral (http://sigmine.dnpm.gov.br/webmap/), mesma ferramenta que as empresas usam para fazer a seleção de áreas de pesquisa. Nesta plataforma, os estudantes escolhem áreas para desenvolver os projetos de exploração, preenchem requerimento de autorização de pesquisa e consultam o Código de Mineração. O projeto é dividido em oito estudos dirigidos entregues a cada 15 dias e depois de corrigidos, voltam aos grupos para as devidas adaptações. Para que parte do projeto seja realizada em sala de aula é preciso que esta seja aparelhada com internet. Na saída de campo, cada grupo apresenta uma prévia do projeto, onde a turma toda avalia e dá sugestões para a continuação deste. A avaliação é feita pelos professores e monitores ao fim da apresentação final. Avaliação do tipo Lickert é aplicada em três dimensões: amplitude do conhecimento de Geociências, autonomia/ protagonismo/competências/comunicação, e desenvolvimento/estimulo/ trabalho em grupo orientado. Os estudantes concordam que o uso da ABP demanda maior pesquisa acadêmica, favorece a formação do aluno para o mercado de trabalho e na análise crítica da literatura em geociências. Na segunda dimensão, os alunos concordam que o ABP incentiva com que todos os alunos tragam ideias, habilidades e sugestões para o projeto, e que houve melhora na expressão oral e produção de textos científicos dos conceitos trabalhados nas discussões do grupo e nas apresentações durante o desenvolvimento do ABP. Apontam, no entanto, que o projeto prejudica o rendimento nas demais disciplinas do semestre, em função da alta carga horária e da presença obrigatória em sala de aula. Ao longo destes três anos, trabalhei comigo e com meus monitores a ansiedade para que as questões dos alunos não fossem prontamente respondidas. Consegui diminuir paulatinamente o conteúdo e a duração das aulas expositivas, tentando sentir a demanda vinda das dificuldades dos projetos. No Curso de Geologia tenho me empenhado em desenvolver ABP reunindo áreas de conhecimento afins com mais de uma disciplina envolvida.

Palestra 2: “Metodologias de ensino para engenharia: Práticas e inovações nas disciplinas Mecânica dos Sólidos, Fenômenos de Transporte e Operações Unitárias” – Profa. Dra. Carolina Siqueira Franco Picone

Resumo: A aprendizagem dos alunos pode ser motivada através do ensino intuitivo, a partir da proposta de desafios específicos pelo professor com o intuito de que os alunos reconheçam a necessidade do aprendizado e do entendimento dos conceitos envolvidos. Neste evento, serão apresentadas as metodologias de ensino recentemente aplicadas nas disciplinas Mecânica dos Sólidos, Fenômenos de Transporte e Operações Unitárias oferecidas aos alunos de Engenharia Ambiental e Engenharia de Telecomunicações da Faculdade de Tecnologia (FT). Projetos de ponte de macarrão, aulas práticas, construção de recursos audiovisuais e novas atividades em ambiente virtual (Moodle) foram desenvolvidos com o intuito de engajar os alunos ao processo de aprendizado, aumentando a pontualidade, assiduidade e participação dos estudantes nas disciplinas.

Data e horário
Dia 27/09/2016, das 14h às 17h.

Público-Alvo
O convite é dirigido aos Docentes da Universidade, estendendo-se aos Alunos (PAD e PED) e Funcionários da Unicamp.

Local
Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem – EA²
Rua Sérgio Buarque de Holanda, 800 – Sala CB55

Inscrições
Feitas por este link

Transmissão online
Link para assistir online
. (Não é necessário se inscrever para assistir online)

Coordenação GGTE / EA²/ PRG

Próximos eventos

Outubro – Data: 25/10/2016 Horário:14h00 às 17h00, (terça-feira).
Tema: Projetos
Palestrante: a definir

Novembro – Data: 24/11/2016 Horário: 14h00 às 17h00, (quinta-feira).
Tema: Aprendizagem Ativa
Palestrante: a definir

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